quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cargill e Barry Callebaut serão responsáveis por mais de 50% do mercado de cacau

Barry Callebaut compra atualmente cerca de 1 milhão de toneladas de cacau por ano

A Cargill uma das principais comerciantes de cacau do mundo, está finalizando um acordo para comprar os negócios de cacau da Archer Daniels Midland (ADM) , segundo fontes ligadas diretamente as negociações, isso levará a criação de um preço global.

Combinando dois dos principais comerciantes de cacau do mundo a intenção é criar uma empresa grande o suficiente para competir com a Barry Callebaut , a maior fabricante mundial de chocolate industrial.


A Cargill e ADM estão elaborando os detalhes finais do acordo, segundo informaram as fontes, a compra será a segunda maior aquisição deste ano entre as indústrias, passando assim, o mercado a ser dominado por duas empresas.

"Como o mercado de cacau será agora dominada por tanto Barry Callebaut e Cargill, os pequenos jogadores precisam ser competitivos ou serão espremidos para fora do mercado", disse Vanessa Tan, analista de investimentos da Phillip Futures em Cingapura.

Os detalhes financeiros do acordo ainda não estão claros e nem foram divulgados pelas indústrias, embora algumas fontes afirmam que a unidade ADM pode valer até US $ 2 bilhões.

Em julho, a Barry Callebaut selou sua aquisição do cacau ingredientes divisão de Petra Foods por $ 860.000.000. "É muita consolidação. Isso não é bom para o mercado em geral", disse uma fonte ligada diretamente à indústria.

"Quando você tem muita concentração no mercado, é difícil para as pequenas empresas fazerem o dinheiro que eles precisam fazer. Por serem menores eles terão que implorar a Barry Callebaut e Cargill para comprarem suas amêndoas.”

ADM começou a procurar potenciais pretendentes para a empresa no ano passado, fontes disseram à Reuters, que a empresa anunciou que estava em discussões sobre uma possível venda em junho.


Um funcionário da ADM se recusou a comentar, bem como a Cargill também não quis se pronunciar, apenas emitiu uma breve declaração onde afirma que a empresa continua avaliando as iniciativas.

“Nós iremos nos comunicar quando houver algo definitivo", disse o porta-voz da Cargill através de e-mail.

"Cargill e Barry Callebaut combinadas serão responsáveis por mais de 50% da capacidade global. No futuro, os pequenos processadores, a exemplo, do Blommer nos EUA e os pequenos processadores da Ásia vão encontrá-lo mais forte e mais difícil de competir com os gigantes”, disse um revendedor de Cingapura, que tem uma unidade de moagem, na Indonésia.

Alguns analistas e banqueiros têm alertado para os problemas que deverão surgir com a fusão, especialmente na Costa do Marfim e Gana, dois principais produtores do mundo, onde ambas as empresas possuem processamento.

Um relatório de 2008 das Nações Unidas sobre a indústria do cacau mundial mostrou que apenas 10 empresas respondem por dois terços das moagens mundiais.

ADM tem instalações de processamento de cacau, nos Estados Unidos, Costa do Marfim, Gana, Singapura e Brasil.

Barry Callebaut compra atualmente cerca de 1 milhão de toneladas de cacau por ano, o que representa 25% da produção mundial de cerca de 4 milhões de toneladas. Alguns dos comerciantes estimam que a Cargill compre cerca de 600.000-800.000toneladas e ADM Cocoa em torno 500,000-600,000 toneladas.

Fonte: Reuters U.S

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Produtores baianos de cacau recebem certificação com apoio da Cargill


Ed Ferreira: Produtores baianos de cacau recebem certificação com apoio da Cargill


Os primeiros produtores brasileiros de cacau receberam a certificação UTZ como parte da iniciativa global da multinacional americana Cargill, dentro do programa “Cargill Cocoa Promise”. A certificação UTZ promove a produção sustentável de cacau no mundo, por meio da educação e treinamento de produtores e trabalhadores.

*Na Bahia, quatro produtores foram auditados recentemente e, em parceria com a Cargill, tornaram-se pioneiros no fornecimento de cacau produzido no Brasil com garantia de práticas mais sustentáveis. Outros 12 produtores de cacau passarão pelo processo de certificação até maio de 2014, o que representará um volume aproximado de 1 mil toneladas de amêndoas certificadas.

“A certificação UTZ reconhece e bonifica os esforços necessários para implementar e melhorar os processos produtivos. Ao fomentar essas práticas temos bons frutos, tanto na qualidade das amêndoas de cacau como também na qualidade de vida dos produtores e trabalhadores rurais. Além disso, a iniciativa vem ao encontro de uma demanda crescente do mercado por produtos mais sustentáveis”, disse em nota divulgada pela empresa Rodrigo Melo, gerente de originação da unidade de negócio cacau e chocolate da Cargill no Brasil.

Em outubro de 2012, a unidade da Cargill em Ilhéus, na Bahia, tornou-se a primeira processadora de cacau no Brasil a receber a certificação UTZ. Foi implantada uma cadeia de produção sustentável para entrega, armazenamento, processos de rastreabilidade e recebimento de cacau.

Além disso, os funcionários dos armazéns de recebimento, da área de originação de amêndoas e da fábrica receberam treinamentos e capacitação técnica para adoção e multiplicação dos procedimentos exigidos para certificação.

A Cargill Cocoa Promise é um compromisso global da empresa para o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção do cacau. O programa da companhia trabalha em parceria com organizações não governamentais e outros parceiros do cacau em países em desenvolvimento. Por meio da Cargill Cocoa Promise, a Cargill financia, treina e apoia os cacauicultores para assegurar uma cadeia de produção sustentável nos países produtores, incluindo Costa do Marfim, Gana, Camarões, Vietnã, Indonésia e Brasil. A empresa treina mais de 80 mil produtores anualmente e a meta é assegurar mais de 120 mil toneladas de cacau certificado até 2015.

Informação  |Valor |Por Carine Ferreira

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cacau Gourmet a nova aposta da Região cacaueira

Cacau &  Economia
Por Renata Smith


A vivência do companheirismo e da partilha, no amor e no trabalho, é a melhor expressão da trajetória de vida do casal de empresários Fernando Botelho, de 71 anos, e Áurea Maria Viana, 70. Um casamento bem-sucedido de 47 anos, chegando às Bodas de Ouro, em quase meio século de união, gerou uma família de três filhas e três netos. “Elas estão formadas, encaminhadas em suas carreiras e felizes na vida pessoal”, afirmam, orgulhosos. 


 

Com a missão cumprida no lar, os dois encontraram tempo e disposição para o desafio de dar uma nova direção ao tradicional trabalho de produção de cacau in natura em duas fazendas de propriedade da família, nos municípios de Ilhéus e Barro Preto, no sul da Bahia. “Através da agroindústria de produtos orgânicos como polpa de frutas e chocolate fino feito com cacau gourmet, do tipo orgânico cultivado na Mata Atlântica, estamos agregando valor aos nossos produtos”, destaca o produtor.

A marca de chocolates e derivados - Modaka Cacau Gourmet - tem nome inspirado na tradição indiana e refere-se ao doce que a divindade Ganesha oferta aos homens como simbologia de prosperidade e proteção, para ajudá-los a remover todos os obstáculos, em direção à realização dos desejos.



Essa é a meta da família, crescer e conquistar mercados. No passado foram grandes produtores de cacau, chegando a 18 mil arrobas por safra, e hoje, na agroindústria, começam em outra perspectiva, menores e cautelosos. “Somos uma empresa familiar e artesanal, mas, aos poucos, estamos aumentando a produção e prospectando mercados, com boa aceitação para os produtos orgânicos”, explica Fernando.

O chocolate com a grife Modaka já está em lojas do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, após contatos com representantes e distribuidores feitos em eventos em 2012, como o Salão do Chocolate, em Salvador, e o Festival Internacional do Chocolate, em Ilhéus, onde fizeram o lançamento da marca. Amor e trabalho *Para a difícil pergunta sobre a produtividade e competitividade dos casais que trabalham juntos, Fernando e Áurea, não tem uma resposta pronta, nem uma fórmula de sucesso. Com tranquilidade e humildade, eles falam apenas sobre a própria experiência, aquilo que consideram sua maior qualidade, definida por ambos como “o companheirismo de uma vida”.

“Nós estamos sempre juntos, trocamos ideias, viajamos, nos divertimos. Fernando é alegre, agradável, pessoa de muitos amigos”, assim Áurea define o marido. No trabalho, ainda segundo ela, “é um líder tranquilo e que sabe delegar tarefas”. Sobre o trabalho da esposa, o produtor afirma que é “organizada e tem muita energia para pegar no batente”.

Os dois vivem há 15 anos na fazenda São José, de 270 hectares, no pequeno município de Barro Preto, distante 30 km de Itabuna, cidade de médio porte, onde criaram a família. “Gostamos de tranqüilidade, de silêncio, da vida no campo, não sentimos falta de toda a agitação da cidade”, explica a produtora.

Outra coisa que partilham é a busca pela manutenção da saúde. “Há oito anos fazemos Pilates, juntos, duas vezes por semana, além de 20 minutos diários de exercícios da arte corporal chinesa Lian Gong”, explica o produtor.

A alimentação também é saudável, porque além dos produtos orgânicos que ofertam no mercado de polpas e chocolate, o casal também produz vegetais e hortaliças orgânicas para o próprio consumo. Eles querem qualidade de vida e saúde, no presente, porque esperam “viver muito e, juntos, com qualidade, para ver o nascimento e conviver com os bisnetos”. Expansão do negócio

As duas propriedades rurais da família produzem cerca de 6 mil arrobas de cacau gourmet, orgânico, usadas também como matéria-prima para a produção do chocolate fino. Com a ajuda da filha Patrícia Viana, que é engenheira civil e partilha a gestão dos negócios com os pais, eles investem na participação em grandes eventos, que funcionam como vitrine dos produtos.

“Já estamos com agenda fechada para a Feira Internacional de Produtos Orgânicos, de 7 a 30 de junho, a Expo Brasil, feira de chocolate, em São Paulo, de 19 a 22 de junho e o Festival Internacional de Chocolate e Cacau de 3 a 7 de julho, em Ilhéus”, afirma Patrícia.

Nessa fase de estruturação e crescimento, a agroindústria tem consultoria do Sebrae, na prospecção de novas empresas demandantes do produto, através do projeto industria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau, que beneficia cerca de 20 empreendimentos de pequeno porte nos segmentos de produção de chocolate, trufas, amêndoas de cacau salgada e doce e polpa de frutas.

“É fantástico o exemplo desse casal que, há cinco décadas, empreende nos negócios e compartilha a vida em família”, elogia o gestor do projeto, no Sebrae, Eduardo Benjamin Andrade.

Informação Agência Sebrae de Notícias Bahia

O CHOCOLATE 100 % CACAU, ADOCICADO E SEM AÇÚCAR JÁ EXISTE : DOIS JOVENS GRAPIÚNAS CRIARAM A FORMULA

Cacau& Economia




Elias e Danilo

Quando se achava que o mundo já detinha todo o conhecimento sobre o cacau e o chocolate, dois jovens grapiunas, baianos, criam a formula perfeita para os chocólatras.

Graduandos do curso de Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Danilo da Cruz Ramos,26 e Elias Nascimento da Silva,30, ambos residentes na zona rural do município Ilhéus, filhos de trabalhadores da lavoura cacaueira iniciaram um projeto de pesquisa com apoio da universidade objetivando aproveitar o “mel de cacau”, sub produto da produção e mal aproveitado na região produtora, visando o fortalecimento do cacau produzido no Brasil, por gerar uma nova renda ao produtor, garantido assim a manutenção da lavoura e também da mata nativa que serve como cobertura da plantação de cacau por meio da cabruca. Além de disponibilizar um novo tipo alimento saudável para as pessoas.

Mel de Cacau: de subproduto do cacau a principal ingrediente do chocolate.



O “mel de cacau” é um líquido mucilaginoso de sabor doce-azedo, rico em açucares e compostos bioativos que é liberado da polpa que envolve as amêndoas de cacau. O “mel de cacau” é um resíduo ainda pouco utilizado que antecede a fermentação das amêndoas para produção do chocolate. *Durante esse tempo de pesquisa foram feitas análises físico-químicas, bioquímicas e microbiológicas no mel de cacau, como forma de comprovar os seus efeitos benéficos à saúde, esse estudo possibilitou o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de conservar e preservar o “mel de cacau” que até então quase não é utilizado sendo desperdiçado nas regiões cacaueiras do Brasil.

Através desse estudo foi possível desenvolver inovações tecnológicas que foi requerida no dia 01 de março de 2013, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial - I.N.P.I./S.P. por meio da agencia USP de Inovação em parceria com a UESB, o depósito do pedido de patente de invenção sob o título COMPOSIÇÕES ALIMENTÍCIAS DE CHOCOLATE E DE GELADO COMESTÍVEL CONTENDO "MEL DE CACAU".

O gelado comestível formulado consiste na substituição parcial do açúcar e do leite em pó pelo subproduto da produção do cacau. A criação apresentada indicou uma maior elasticidade, maior tensão inicial e maior estabilidade estrutural, indicando o“mel de cacau” como um estabilizante natural no sorvete, devido sua quantidade relevante de pectina. O gelado comestível desenvolvido também pode ser considerado um alimento funcional devido às características nutracêuticas presente no “mel de cacau”.



Nasce o chocolate 100 % cacau

Cacau tem como principal propriedade funcional os compostos fenólicos, o qual atua como potente antioxidante na prevenção de reações oxidativas de formação de radicais livres e proteção contra danos ao DNA das células. Além de conter atributos empíricos como o prazer devido à serotonina e animação em virtude da cafeína, teobromina e tiramina, que estimula o cérebro.


O principal produto do cacau é o chocolate que apesar de possuir os efeitos benéficos do cacau, seu consumo excessivo causa efeitos danosos a saúde devido os altos níveis de açúcar e gordura presente na formulação dos chocolates comercializados.

Diante dessa situação cientistas de todo mundo estão pesquisando elaborar um chocolate mais saudável com o objetivo de solucionar os efeitos maléficos do chocolate comercialmente vendido e que tem na sua formulação o açúcar.

O chocolate com mel de cacau possui como particularidade diminuir os teores de açúcar aproveitando um resíduo da própria produção do cacau. Com essa mudança o produto apresentou viscosidade ligeiramente menor que os chocolates convencionais, indicando uma melhor palatabilidade do produto. Além de reduzir os níveis de sacarose, o chocolate desenvolvido pode ser considerado um alimento funcional por possuir altos teores de substâncias antioxidantes e fibras solúveis presente no “mel de cacau”.



Portanto, com todos os benefícios nutricional, funcional e tecnológico existentes no mel de cacau, é possível atender a necessidade enfrentada pelos produtores de cacau e agregar valor em um momento onde o cacau passa por uma fase transitória de conquista de espaço e com uma grande defasagem de preço. É preciso incentivos financeiros para implantar o conhecimento tecnológico e cientifico de propriedade intelectual nacional, por parte dos órgãos governamentais, sociedade civil e órgãos ligados ao setor alimentício.

Matéria desenvolvida com base nas informações de Danilo e Elias para o site Photossintese.

Brasil na rota do chocolate gourmet

 Economia & Cacau

Produtores aperfeiçoam manejo, adotam praticas sustentáveis e melhoram a qualidade do cacau


Para pensar "Grandes realizações são possíveis quando se dá atenção aos pequenos começos." Lao Tse

Brasil é procurado por chocolaterias do mundo inteiro porque surpreende pela variedade do cacau

Aos poucos as boas práticas agrícolas vão se disseminando pelas lavouras de cacau do Brasil, o que tem ajudado a conferir mais qualidade ao produto nacional, hoje procurado por chocolaterias do mundo inteiro. “Há 10 anos poucas empresas da Europa se interessavam pelo nosso cacau, mas atualmente muitas nos procuram a fim de produzir chocolate gourmet, pois somos o único país do mundo com capacidade de surpreender em variedade de cacau”, diz Eimar Sampaio, diretor da empresa M. Libanio Agrícola, da Bahia, que produz atualmente 400 toneladas por ano de cacau.

Trabalhos como o realizado pela Imaflora, em parceria com o Instituto Cabruca, evidenciam a necessidade de se realizar um manejo sustentável como forma conservar a fauna e a flora, a saúde e a segurança dos trabalhadores, a conservação do solo e dos recursos hídricos, o manejo de resíduos e as boas relações com as comunidades.

“Na região de São Felix do Xingu (PA) onde os plantios não são tão antigos, com cerca de 20 anos, conseguimos recuperar solos degradados, frear o desmatamento e melhorar a qualidade das amêndoas”, diz Matheus Couto, coordenador de projetos do Imaflora. Na região, já é possível colher 2 toneladas de amêndoas, com 80% frutos bem fermentados.

Na avaliação de Eduardo Trevisan Gonçalves, Secretário-executivo da Imaflora, as boas práticas de manejo envolvem desde o plantio do fruto, passando pela enxertia, poda, colheita fermentação e a secagem. “Em Rondônia, onde um novo polo de cultivo está sendo instalado, com os agricultores usando o cacau para reflorestamento, muitos produtores tinham um sistema de fermentação bastante rudimentar e usavam sacos para armazenar as amêndoas no meio da floresta”, diz Katia Menezes, analista de mercado da Indeca, beneficiadora de cacau, que trabalha somente com o fruto nacional.

A Indeca começou a comprar o cacau de Rondônia 6 anos atrás, quando apenas 62% dos grãos adquiridos resultavam em produto com boa fermentação. “Hoje já recebemos produto com, no mínimo 74% de grãos bem fermentados”,diz Kátia, que defende que com pouco investimento e muita informação é possível dobrar a produção e melhorar a qualidade em diversas regiões produtoras do país. O Brasil se posiciona entre os dez maiores produtores de cacau do mundo, mas ao invés de investir no aumento da safra, está optando por melhorar a qualidade de suas amêndoas. “Catalogamos 23 variedades na Bahia aptas a serem usadas na produção de chocolate gourmet, que responde por apenas 5% da produção mundial de cacau (estimada em 1,5 milhão de toneladas)”, diz Sampaio

Por Luciana Franco /Fonte Globo rural

terça-feira, 9 de julho de 2013

O GOSTO AMARGO DA CRISE... VIRA UM DOCE LUCRO NO AMARGO DO CHOCOLATE GOURMET.


Festival  Internacional do Chocolate e Cacau chega ao fim...
  


Coroado de sucessos a viagem do cacau ao chocolate teve seu momento forte ao despertar o orgulho regional por meio dos elementos culturais na culinária e nos eventos turísticos, assim como mostrou  para o mundo que o cacau fino (gourmet) já é uma realidade.

Hoje o Festival já pode se firmar como maior evento do gênero no país podendo crescer mais ainda. Este ano diversas novidades fizeram parte do evento e no próximo o espaço certamente ficará pequeno. As novidades deste ano, a exemplo da Feira do Cacau, o espaço  ampliará  a demanda  do “VI Festival “ vai contar com novidades, como a Feira do Cacau, Chocolarte , a gastronomia regional e o turismo.
O período de chuvas talvez tenha atrapalhado um pouco o brilho do evento, mas confesso que sentir a ausência dos hoteleiros da região, dos universitários, dos produtores de cacau e da agricultura familiar. “Quem sabe se a organização”, juntamente com a Ceplac, programe, onde neste evento foi a “Feira do cacau” possa ser realizada a “Semana do Fazendeiro”, unindo os dois eventos e fortalecendo “Um dos mais importantes acontecimentos do turismo e do agronegócio da costa do cacau”, atraindo o público que faltou a este festival.

PONTO FORTE

Arte : Ed Ferreira

O  Salão que abrigou os chocolates finos e as novidades gourmets, a exemplo: dos sofisticados chocolates MENDOÁ, que tem os segredos de Raimundo Mororó; o chocolate goumert SAGARANA com sementes de cacau maranhão e trás a assinatura de Henrique Almeida; o fino sabor do cacau da fazenda limoeiro por meio do chocolate MALTEZ; o chocolate da cooperativa da agricultura familiar de Ibicaraí; o chocolate caseiro de Ilhéus, Itacaré e a representação dos produtores de chocolate do Pará, além  das amêndoas crocantes do cacau, os nibs (amêndoas orgânicas granuladas, usadas em coberturas de sobremesas) apresentado pela MODAKA Cacau Goumert do produtor Fernando Botelho.
Este V festival sinaliza a criatividade dos produtores de cacau que não se deixaram abater por uma crise e hoje dão a volta por cima. Se esta filosofia do cacau fino tivesse despertado no inicio do século passado, certamente nossa realidade seria outra e não mais teríamos fazendas de cacau e sim fazendas de chocolates.

CAMINHO DO CHOCOLATE

Ed Ferreira: Fazenda Almada

A região Sul da Bahia é conhecida como uma das três grandes produtoras de cacau no Brasil, juntamente com os polos da Amazônia ( Pará e Rondonia) e do Espírito Santo. Na rodovia que interliga a região de Ilhéus e Uruçuca, ao longo dos 42 quilômetros de extensão, existem dezenas de fazendas antigas produtoras de cacau,  que a exemplo de outros projetos da Bahiatursa, foi denominado de “Caminho do chocolate”, destacando-se a Fazenda Riachuelo (fabrica do chocolate MENDOÀ), a Fazenda Almada, a Fazenda Renascer, a Provisão e muitas outras que serão adequadas no futuro). Essas seguem um exemplo de como superar uma crise e se adequar a uma vocação natural.


Marcos Lessa e toda sua equipe estão de parabéns pela visão e organização.