quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ADM espera vender negócio de chocolate ainda no 3º trimestre



 A gigante do agronegócio Archer Daniels Midland (ADM) espera vender seu negócio global de chocolate até o fim do terceiro trimestre, depois de optar por manter seu negócio de esmagamento de cacau.

"Nós esperamos assinar o acordo até o fim do terceiro trimestre para vender nosso negócio global de chocolate", disse o presidente da ADM, Juan Luciano, em uma teleconferência com analistas para discutir os resultados da empresa no segundo trimestre.

A companhia teve lucro acima do esperado pelo mercado, de 533 milhões de dólares, ou 0,81 dólar por ação, ante 223 milhões de dólares (0,34 dólar por ação) um ano antes, atribuindo o resultado a fortes exportações dos EUA e demanda por etanol.

A ADM é uma das três maiores comerciantes de cacau do mundo. Em abril, a companhia disse que irá manter o esmagamento de cacau, que responde por cerca de dois terços de seu negócio de cacau, mas que irá vender seu negócio de chocolate, depois de falharem as longas negociações para vender as duas operações para um mesmo comprador.

A ADM tem cerca de seis unidades de chocolate, segundo informado anteriormente.

O processamento de cacau e outras commodities pela ADM registrou o segundo lucro trimestral consecutivo, de 20 milhões de dólares, ante um prejuízo de 17 milhões de dólares um ano atrás.

"Em cacau, o ambiente de margem permanece bom", disse Luciano.

(Por Marcy Nicholson em New York e Tom Polansek em Chicago)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Cacau atinge máxima de 3 anos em NY com demanda crescente


Os futuros do cacau alcançaram o maior nível em três anos na Bolsa de Nova York, com apostas de que a demanda continuará superando a produção. O processamento da amêndoa na América do Norte e na Ásia aumentou cerca de 5% no segundo trimestre, superando expectativas. Segundo analistas ouvidos pela agência Dow Jones, o mercado futuro pode ter uma onda de compras a qualquer momento, já que a demanda continua sólida e a oferta é escassa. A alta dos preços já está chegando aos consumidores. Nas últimas semanas, Mars e Hershey, duas das maiores fabricantes de chocolate dos Estados Unidos, anunciaram aumentos de 7% e 8%, respectivamente, devido a custos mais altos com matéria-prima. O contrato com vencimento em setembro ganhou 0,9% e fechou a US$ 3.205 por tonelada.


O suco de laranja caiu 3,6%, com a ausência de ameaças climáticas aos pomares da Flórida. A temporada de furacões no Atlântico Norte, que vai de junho a novembro, ainda não representou riscos ao maior Estado produtor de laranja dos EUA. O mercado também é influenciado pelas vendas da bebida no país, que estão no menor patamar em mais de 12 anos.

Na Bolsa de Chicago, o trigo fechou em alta pela primeira vez em três sessões, com ganho de 1,4% no dia. Recentemente, os preços se aproximaram da mínima em quatro anos e isso levou muitos investidores a apostar em melhora da demanda pelo cereal norte-americano. Ontem, o governo anunciou uma venda de mais de 200 mil toneladas para a Nigéria.



Fonte: Angelo Ikeda, de O Estado de S. Paulo

Rótulo de chocolate poderá conter informação sobre teor de cacau

Um em cada três chocolates vendidos no Brasil não são chocolate real, diz deputado.
Arquivo/ Alexandra Martins


Eliene Lima: qualidade dos chocolates vendidos no Brasil é alarmante.


Fabricantes de chocolate poderão ser obrigados a informar a porcentagem de cacau constante no produto. Pelo Projeto de Lei 7284/14, em análise na Câmara dos Deputados, essa informação deverá constar no rótulo de forma clara e facilmente legível.

Autor da proposta, o deputado Eliene Lima (PSD-MT) aponta que, para ser considerado chocolate, o produto deve conter no mínimo 25% de cacau na composição, de acordo com norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele afirma, no entanto, que a qualidade dos chocolates vendidos no Brasil é alarmante.

Segundo o parlamentar, pesquisas apontam que um em cada três chocolates vendidos no País não contêm o percentual mínimo exigido pela Anvisa. Nesses casos, na opinião de Lima, o rótulo deveria esclarecer que se tratar de um produto com “sabor de chocolate".

O projeto prevê que, em caso de descumprimento da nova lei, os fabricantes ficarão sujeitos às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90).

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-7284/2014
Reportagem - Maria Neves
Edição – Daniella Cronemberger

Fonte: 'Agência Câmara Notícias'