TURISMO
A FICC exerce forte estímulo ao turismo e à gastronomia na região, pois milhares de pessoas vão à cidade conhecer o chocolate, a beleza e a história do lugar. No festival passado, que foi de uma certa forma mais fraco que os anos anteriores, a cidade recebeu aproximadamente 25 mil pessoas. O festival chegou a movimentar, somente na feira, mais de meio milhão de reais em apenas quatro dias. A expectativa é ultrapassar a marca de visitantes da sexta edição e promover os atrativos turísticos relacionados à cadeia produtiva, como passeios pelas fazendas produtoras de cacau. É lamentável que a cidade de Ilhéus, palco de uma história peculiar, esteja passando por uma situação tão delicada em relação a parte administrativa.
FESTIVAL
Durante o Festival, que tem entrada franca e acontece no Centro de Convenções de Ilhéus, o público poderá conferir os estandes da Feira do Chocolate, onde estarão disponíveis para degustação e comercialização produtos de diversas marcas de chocolate de origem. Poderá também assistir, ao vivo, no Ateliê do Chocolate, a construção de cenários e esculturas de chocolate que contarão o percurso histórico do alimento. Para quem gosta de se aventurar na cozinha, o evento traz a Cozinha Show, excelente oportunidade de aprender com grandes chefs do Brasil. A programação contará também com um concurso para escolha do melhor bolo confeitado e minicozinha infantil, para as crianças aprenderem receitas fáceis à base de chocolate.
PALESTRAS
Entre os especialistas da área que irão proferir palestras no 7º Festival Internacional do Chocolate e Cacau estão a consultora francesa Chloé Doutre-Roussel - uma das maiores autoridades do mundo em degustação de chocolates e autora do livro The Chocolate Connoisseur -; o norte americanoGreg D' Alesandre, pesquisador e sócio da Dandelion Chocolate; a Embaixadora do Cacau e Chocolate da Venezuela, Maria Fernanda Di Giacobbe eo chef Lucas Corazza, aclamado confeiteiro e jurado do reality show Que Seja Doce, do canal GNT.
Toda programação é gratuita e as inscrições para palestras e cursos serão realizadas no local do evento. Acesse o site oficial para mais informações: www.festivaldochocolate.com
ECONOMIA
O Brasil é hoje o terceiro maior consumidor de chocolate no mundo e quinto maior produtor de cacau, sendo o único país que possui todos os elos da cadeia produtiva, conforme a Associação dos Produtores de Cacau. A cadeia produtiva do cacau ao chocolate movimenta mais de 12 bilhões de reais por ano no país. De acordo com a Organização Internacional do Cacau (ICCO) e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), nos últimos cinco anos, o Brasil apresentou o maior crescimento do consumo per capita do mundo, com grande tendência de ascensão.
O mercado internacional também se encontra em franca expansão, com o início da retomada dos níveis de consumo na Europa e nos Estados Unidos e o ingresso de uma legião de novos consumidores em regiões emergentes, principalmente na China, Índia e Rússia. Projeções baseadas na curva de consumo dos últimos 40 anos indicam que, até 2020, o mundo demandará um acréscimo em torno de 650 mil toneladas de cacau. Tudo isso é um grande estimulo para o produtor arregaçar as mangas e ir para sua propriedade produzir.
RETOMADA
Após atravessar severos revezes nos anos 90, dentre os quais, a praga fúngica conhecida como vassoura de bruxa, usada como bode expiatório de forma sórdida por grupos politiqueiros e pessoas que pleiteiam tirar vantagens econômicas, a cacauicultura vem reconquistando seu espaço. No Brasil, os cenários de produção são diferentes, e a Amazônia que sempre teve a presença do fungo, soube conviver e superá-lo com perseverança. No Espirito Santo, berço de agricultores tradicionais, onde a grande maioria vive em suas propriedades, também tem conseguido recuperar e superar a doença fúngica. A Bahia que deveria ser o maior exemplo, as propriedades foram abandonadas pelos empresários do cacau, que antes eram habitadas apenas por empregados, deixando o fungo dominar por mais de 12 anos. Hoje também demonstra sinais de recuperação principalmente pela perseverança de alguns jovens herdeiros que resolveram ser “cacauicultores”.
O mercado internacional também se encontra em franca expansão, com o início da retomada dos níveis de consumo na Europa e nos Estados Unidos e o ingresso de uma legião de novos consumidores em regiões emergentes, principalmente na China, Índia e Rússia. Projeções baseadas na curva de consumo dos últimos 40 anos indicam que, até 2020, o mundo demandará um acréscimo em torno de 650 mil toneladas de cacau. Tudo isso é um grande estimulo para o produtor arregaçar as mangas e ir para sua propriedade produzir.
RETOMADA
Após atravessar severos revezes nos anos 90, dentre os quais, a praga fúngica conhecida como vassoura de bruxa, usada como bode expiatório de forma sórdida por grupos politiqueiros e pessoas que pleiteiam tirar vantagens econômicas, a cacauicultura vem reconquistando seu espaço. No Brasil, os cenários de produção são diferentes, e a Amazônia que sempre teve a presença do fungo, soube conviver e superá-lo com perseverança. No Espirito Santo, berço de agricultores tradicionais, onde a grande maioria vive em suas propriedades, também tem conseguido recuperar e superar a doença fúngica. A Bahia que deveria ser o maior exemplo, as propriedades foram abandonadas pelos empresários do cacau, que antes eram habitadas apenas por empregados, deixando o fungo dominar por mais de 12 anos. Hoje também demonstra sinais de recuperação principalmente pela perseverança de alguns jovens herdeiros que resolveram ser “cacauicultores”.
Hoje, os mesmos se deparam com um cenário econômico diferente das gerações da fase “áurea do cacau “. O dinheiro público está mais rígido, pois antes vendia o cacau na flor por duas ou três safras futuras. E este dinheiro era aplicado em viagens, carros do ano, imóveis em outras regiões. E com isso o desenvolvimento da fazenda, principal fim do empréstimo de custeio, e do município produtor ficavam no marasmo desenvolvimentista. O elo entre os “empresários do cacau” e seus herdeiros com a capital, Rio de Janeiro, São Paulo e o exterior, eram muito forte, em detrimento da região produtora e meramente exportadora de matéria prima. No cenário atual, com a valorização da mão de obra, já não se encontra homens dispostos a passar dificuldades em propriedades alheias por salários não compensatórios e como os herdeiros não tem experiências preferem partir para a parceria, o que vem mantendo viva a chama de uma cultura que antes na visão de muitos era eterna.
O Brasil – notadamente na, mas também nos estados produtores do Pará, Rondônia e Espírito Santo Bahia, responsável por 60% da produção nacional – tem, atualmente, a maior potencialidade de produção em âmbito mundial. Conforme dados da Ceplac, somente a Bahia produz mais 150 mil toneladas de cacau a cada ano. No estado, existem atualmente 20 marcas de origem, o que demonstra o espírito empreendedor do baiano e a boa aceitação de um produto de qualidade superior.
CHOCOLATE DE ORIGEM
Chocolate de origem – A “denominação de origem controlada” (DOC) dos vinhos envolve o terroir, termo francês para explicar a influência dos fatores climáticos e geográficos sobre o sabor e aroma das uvas. Com o cacau não é diferente. O chocolate com denominação de origem precisa ser feito com apenas uma variedade de cacau e com frutos da mesma região. A maior parte do chocolate produzido em Ilhéus é feita com alto teor da fruta, a partir de amêndoas selecionadas de cacau especial cultivado em fazendas certificadas do Sul da Bahia.
*Texto adaptado por Ed Ferreira para Cacau do Brasil
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