terça-feira, 7 de abril de 2015

Projeto que define o percentual mínimo de 35% de cacau para que um produto seja considerado chocolate é aprovado em audiência


Os produtores de cacau e chocolate presentes na audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado manifestaram apoio ao projeto de lei (PLS 93/2015), de autoria da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que define o percentual mínimo de 35% de cacau para que um produto seja considerado chocolate.

A proposta prevê, ainda, que o teor de cacau deve constar do rótulo. Destacando a importância do projeto, Guilherme Moura, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau, disse que a iniciativa da parlamentar baiana  Lidice da Mata representa o início de um plano reestruturante para o setor e que aproxima a legislação das demandas do mercado, que já pede mais cacau nos chocolates.

O produtor Henrique Almeida, da Associação de Produtores de Cacau da Bahia (APC), reforçou a importância da melhoria da matéria- prima utilizada na fabricação do chocolate e opinou que é preciso que o governo implante uma política pública de incentivo à revitalização da produção cacaueira. Para ele, o projeto de Lídice irá incentivar a qualidade da lavoura e beneficiará os consumidores.

Luis Oliveira, representante de um dos estados produtores, o Pará, destacou o foco do projeto é em  benefício da saúde da população, pois valoriza o cacau em detrimento do uso de açúcar. Ele destacou, ainda, que “a Amazônia é grande produtora de cacau e o projeto reforça o olhar sobre a região e sobre a necessidade de se melhorar as condições da cacauicultura”.

Já José Schneider, da Associação da Indústria e Comércio de Chocolates de Gramado, pediu a união de esforços entre produtores e indústria para melhorar a qualidade da amêndoa utilizada na fabricação dos produtos à base de cacau. Único representante do setor industrial, ele pediu que sejam analisados os prazos para que a nova regra seja aplicada após aprovação, e demonstrou preocupação com o aumento de custos em função das novas rotulagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não permitiremos comentários ofensivos