A proposta prevê, ainda, que o teor de cacau deve constar do rótulo. Destacando a importância do projeto, Guilherme Moura, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau, disse que a iniciativa da parlamentar baiana Lidice da Mata representa o início de um plano reestruturante para o setor e que aproxima a legislação das demandas do mercado, que já pede mais cacau nos chocolates.
O produtor Henrique Almeida, da Associação de Produtores de Cacau da Bahia (APC), reforçou a importância da melhoria da matéria- prima utilizada na fabricação do chocolate e opinou que é preciso que o governo implante uma política pública de incentivo à revitalização da produção cacaueira. Para ele, o projeto de Lídice irá incentivar a qualidade da lavoura e beneficiará os consumidores.
Luis Oliveira, representante de um dos estados produtores, o Pará, destacou o foco do projeto é em benefício da saúde da população, pois valoriza o cacau em detrimento do uso de açúcar. Ele destacou, ainda, que “a Amazônia é grande produtora de cacau e o projeto reforça o olhar sobre a região e sobre a necessidade de se melhorar as condições da cacauicultura”.
Já José Schneider, da Associação da Indústria e Comércio de Chocolates de Gramado, pediu a união de esforços entre produtores e indústria para melhorar a qualidade da amêndoa utilizada na fabricação dos produtos à base de cacau. Único representante do setor industrial, ele pediu que sejam analisados os prazos para que a nova regra seja aplicada após aprovação, e demonstrou preocupação com o aumento de custos em função das novas rotulagens.
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