domingo, 25 de abril de 2021

Saiba um pouco sobre a Olam e a Mondelez

Empresas multinacionais que se uniram na Ásia para criar a maior fazenda de cacau do mundo.


A Olam International é uma importante empresa de alimentos e , operando em 60 países e fornecendo alimentos e matérias-primas industriais para mais de 19.800 clientes em todo o mundo. Olam agrpecuária está entre os maiores fornecedores mundiais de grãos e produtos de cacau, café, algodão e arroz.



Reestruturação

Em janeiro de 2020, a Olam International anunciou a divisão de seu portfólio de produtos diversos em dois novos negócios operacionais, Olam Food Ingredients (OFI) e Olam Global Agri (OGA). A decisão resultou de sua revisão de negócios de 2019 e um plano plurianual anunciado no início de 2019 para investir US $ 3,5 bilhões em áreas de crescimento chave, como nozes comestíveis, café e cacau,enquanto se derrama em outros setores. No comunicado divulgado pela empresa, Olam Food Ingredients (OFI), consistirá em seus negócios de cacau, café, nozes comestíveis, especiarias e laticínios, a Olam Global Agri (OGA) incluirá grãos e ração animal, óleos comestíveis, arroz, algodão e serviços financeiros de commodities.

Envolvimento da comunidade e Erradicação do Trabalho Infantil

Em 2020, a Olam Cocoa, uma subsidiária da Olam International, lançou uma nova iniciativa em parceria com a Fair Labor Association (FLA) e cooperativas agrícolas de cacau locais para registrar digitalmente seus quase 7.000 fornecedores de agricultores nos Camarões e suas famílias.

Isso também inclui a introdução de sistemas rigorosos de tratabilidade e relatórios, educando as comunidades locais sobre o trabalho infantil, bem como a criação de sistemas de monitoramento e remediação do trabalho infantil (CLMRS). Em 2018/2019, a Olam encontrou mais de 7.000 casos de trabalho infantil inadequado em sua cadeia de abastecimento, corrigindo aproximadamente 70% deles. Adiante, a empresa planeja expandir sua iniciativa para cobrir quase 223.000 agricultores em três países da África Ocidental. Este é o primeiro exemplo de aplicação profissional de tais iniciativas em tal escala nos Camarões.

Iniciativas cacau sustentável

a fim de melhorar o rendimento das safras em sua rede, a Olam Cocoa implementou um sistema de informação digital chamado Olam Farmer Information System (OFIS) para coletar dados de mais de 160.000 produtores de cacau em 20 países, rastreando uma série de pontos de dados em nível de fazenda, incluindo o cacau idade e tipo de solo. Para a estação de cultivo de 2020, a Olam Cocoa se juntou a um programa com o Ghana Cocoa Board (COCOBOD) para distribuir fertilizantes de origem local para produtores de cacau em suas operações de abastecimento de cacau naquele país.

Alegações - Óleo-linked Desmatamento palma, cacau, e borracha

Entre 2011 e 2015, o volume de comércio de óleo de palma da Olam cresceu cerca de vinte vezes - de 71.000 toneladas para 1,53 milhões de toneladas. Apesar do compromisso declarado da Olam com o óleo de palma certificado pela RSPO, a empresa evitou a transparência ao expandir sua produção de óleo de palma.

Um relatório divulgado pela ONG Mighty Earth e pela ONG Brainforest, sediada no Gabão, em 12 de dezembro de 2016, revelou que a Olam estava operando uma operação secreta de comércio de óleo de palma em todo o mundo, especialmente com seus fornecedores terceiros na Ásia. Olam foi acusado de colocar em perigo os habitats florestais de gorilas , chimpanzés e elefantes da floresta devido ao desmatamento generalizado . Foi revelado que no Gabão, a Olam cortou 26.000 hectares (64.000 acres) de floresta para o óleo de palma.

As fotos e vídeos apresentados no relatório da ONG mostram a Olam destruindo as florestas tropicais do Gabão em busca de borracha e para estabelecer o que pretendiam construir como a maior plantação de óleo de palma da África. A análise descobriu que no Gabão, a Olam desmatou aproximadamente 26.000 hectares de floresta em suas quatro concessões de óleo de palma desde 2012 e florestas adicionais para borracha.

As duas ONGs também documentaram o corte de Olam em uma área do tamanho de Washington DC no que havia sido uma paisagem de floresta intacta no norte do Gabão, para a borracha no Gabão.

Em 16 de dezembro de 2016, logo após a divulgação do relatório, a Mighty Earth apresentou uma reclamação formal contra a Olam ao Forest Stewardship Council (FSC) pelo desmatamento da Olam e por violar as políticas do FSC. Em resposta a essas alegações, em 21 de fevereiro de 2017, a Olam suspendeu o desmatamento de florestas no Gabão por pelo menos um ano. Como resultado, a Mighty Earth suspendeu sua campanha.

O acordo entre a Mighty Earth e a Olam foi renovado em 2018. Em seu Prêmio de Excelência inaugural em 2019, a Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável liderada pela indústria reconheceu a Olam International por sua liderança em conservação no desenvolvimento de plantações de óleo de palma sustentáveis, tendo um impacto positivo conservação florestal, conservação de espécies e redução de emissões no Gabão.

Em 13 de setembro de 2017, a ONG Mighty Earth divulgou um segundo relatório documentando as descobertas de que a Olam compra cacau cultivado ilegalmente em parques nacionais e outras florestas protegidas na Costa do Marfim . O relatório acusou Olam de colocar em perigo os habitats florestais de chimpanzés, elefantes e outras populações de vida selvagem ao comprar cacau associado ao desmatamento . Como resultado da produção de cacau, 7 das 23 áreas protegidas da Costa do Marfim foram quase totalmente convertidas em cacau. A Olam foi notificada das descobertas da investigação da Mighty Earth e não negou que a empresa obtinha seu cacau em áreas protegidas na Costa do Marfim.

Em 2020, o FSC, a Olam e a Mighty Earth contrataram o SmartCert Group para realizar uma avaliação retrospectiva do desmatamento anterior nas plantações de óleo de palma da Olam no Gabão. Uma segunda investigação incidirá sobre as plantações de borracha da Olam no Gabão.
Alegações Muddy Waters -
Despejos e limpeza de terreno forçado no Laos

A empresa está envolvida na produção de café no Laos e no desmatamento de florestas e vilas para o plantio de grandes plantações. As áreas de terra adquiridas pela empresa eram anteriormente habitadas e cultivadas por moradores que pagaram seus impostos sobre a terra e também cultivavam café junto com outros produtos. A compensação foi paga apenas parcialmente, com muitos proprietários despejados sendo pagos apenas em arroz. Muitos proprietários agora enfrentam desafios para cultivar alimentos suficientes para sobreviver. Este desenvolvimento de grandes plantações industriais com o sacrifício da pequena unidade familiar é considerado por alguns como contraproducente para o desenvolvimento do Laos; uma vez que reduz a produtividade agrícola geral; e aumenta a pobreza entre as famílias, enquanto alguns funcionários e a empresa se beneficiam.

Escravidão Infantil

Em 2021, a Olam International foi citada em uma ação coletiva movida por oito ex-crianças escravas do Mali, que alegam que a empresa ajudou e incentivou sua escravidão nas plantações de cacau na Costa do Marfim . O processo acusou a Olam (junto com a Nestlé , Cargill , Mars, Incorporated , Barry Callebaut , The Hershey Company e Mondelez International ) de se envolver conscientemente em trabalho forçado, e os querelantes buscaram indenização por enriquecimento sem causa, supervisão negligente e inflição intencional de sofrimento.

MONDELEZ

Fabrica em Curitiba- Brasil

Mondelēz International, Inc. é um conglomerado multinacional estadunidense de alimentos. Foi fundado em outubro de 2012, após ser oficializado a mudança de nome da divisão de doces da Kraft Foods, que era apenas Kraft Foods para "Mondelēz International", o nome da divisão foi dado de "Mondelez", pois dá a ideia de "mundo delicioso", sendo que "Monde" deriva da palavra latina que significa mundo, e já "delez" segundo os responsáveis pela troca do nome, soa como "delicioso".


A empresa fica sediada em Deerfield, Illinois e fabrica chocolates, biscoitos, chicletes, confeitos e bebidas em pó. A Mondelēz tem várias subsidiárias e marcas, são elas Belvita, Chips Ahoy!, Nabisco, Oreo, Ritz, TUC, Triscuit, LU, Club Social, Barny, Peek Freans, marcas de chocolate Milka, Côte d'Or, Toblerone, Cadbury, Green & Black's, Freia, Marabou, Fry's, Lacta, marcas de pastilhas elásticas e para tosse Trident, Dentyne, Chiclets, Halls, Bubbaloo, Clorets, Plets, Stride, Tate's Bake Shop, fermento em pó e sobremesas Royal e a marca de bebidas em pó Tang, Fresh e Clight.

A produção brasileira é responsável por entregar os snacks mais amados como Lacta, Bis, Trident, Halls, Club Social, Oreo, Tang, entre tantas outras delícias. Temos dois parques Industriais no Brasil.

VOCÊ SABIA QUE FICA EM CURITIBA A MAIOR FÁBRICA DE CHOCOLATES DO MUNDO DA MONDELEZ?Capital paranaense abriga uma grande fábrica de chocolates desde 2000. Mas o que pouca gente sabe é que esta fábrica de Curitiba é maior fábrica de chocolates do mundo da Mondelez Brasil.

A empresa é detentora de marcas conhecidas pelos paranaenses como Lacta, Bis, Oreo, 5star e outras. Além de ser a maior planta da empresa, essa unidade é a única que fabrica o chocolate de diversas tecnologias distintas e exporta para outros países.

Além do chocolate em si, outros produtos que carregam o insumo (e são tão deliciosos quanto), como wafer, tabletes (puros, aerados e com agregados deliciosos) também são produzidos na fábrica. “São raras as empresas que têm toda esta diversidade em uma mesma operação“, disse Cibele gerente comercial.

“Adicionalmente, nós produzimos nossas próprias massas de chocolates, onde recebemos o líquor do cacau e fazemos um tratamento super importante”, contou Cibele.

Receitas da Mondelez são sigilosas!

Além dos chocolates, outra coisa muito importante não pode sair de dentro da fábrica: as receitas dos produtos, que são mantidas de forma sigilosa. O acesso ao interior da fábrica é limitado e ainda mais restrito em locais em que são produzidas as formulas exclusivas da Mondelez Brasil.

Muitas destas fórmulas, algumas até exclusivas e vendidas somente em outros países, são produzidas e testadas aqui em Curitiba. Dentro da unidade, funciona o Techcenter, local em que são realizados alguns experimentos de receitas exclusivas, inovações, controle de qualidade entre outras atividades. Esse é também um espaço exclusivo da fábrica de Curitiba, diferente das demais instaladas no Brasil.
Mondelez utiliza 43% de cacau sustentável na produção.


A Fábrica em Curitiba receberá parte da matéria-prima

A Mondelez International atingiu a marca de 43% de cacau proveniente de fontes sustentáveis em sua produção de chocolates. O dado consta no Relatório Anual de Impacto que a empresa acaba de divulgar, que apresenta progresso significativo em direção às metas de impacto para 2020. A meta da companhia é que, dentro de cinco anos, 100% do volume de cacau necessário para as marcas de chocolate serão advindos do programa global de sustentabilidade da empresa, o Cocoa Life.

O programa, criado em 2012, ajuda a criar uma cadeia próspera de suprimento de cacau, aumentando a produtividade das fazendas existentes e a resiliência das comunidades que cultivam o fruto, bem como prevenindo o desmatamento. A fábrica de Curitiba (foto), no Paraná, receberá parte do cacau sustentável que virá do Cocoa Life e utilizará na produção de marcas icônicas de chocolates, como inovações de Bis e Sonho de Valsa, entre outras. O relatório revela ainda que, em nível global, a empresa reduziu em 10% as emissões absolutas de CO2 e em 22% o consumo de água em locais onde seu fornecimento é mais escasso, além de reduzir 59,6 mil toneladas de embalagens e em 13% a redução do desperdício total durante o processo de produção. No ano passado (2019), a planta curitibana registrou redução de 20,5% de CO2 e de 12,3% de água em relação a 2013, tendo previsão de utilizar 100% de energia renovável até o final de 2020.

No Brasil, o Cocoa Life atua em dois estados: Pará e Bahia. No Pará, é liderado em parceria com a The Nature Conservacy (TNC), com o projeto “Cacau Floresta”, que investirá cerca de US$ 600 mil (aproximadamente R$ 2,4 milhões) até 2022 na capacitação dos produtores e criação de comunidades de cacau prósperas e independentes. “Nosso objetivo é incentivar a agricultura familiar, gerar benefícios sociais e econômicos, melhorar a qualidade do cacau e engajar agricultores com práticas sustentáveis, de zero desmatamento. Nos dá muita satisfação saber que estamos no caminho certo e impactando positivamente centenas de famílias. Não desviaremos nossa atenção até atingirmos todas as metas estabelecidas para 2022”, avalia Jens Hammer, líder do Cocoa Life no Brasil.

Fonte: https://paradigmas.online/sociedade/grandes-empresas-de-chocolates-processadas-devido-a-escravidao-infantil/    

Mondelēz faz parceria com a Olam para criar a maior fazenda de cacau do mundo na Indonésia.

A gigante do chocolate e o maior fornecedor de cacau veem seu projeto como um modelo do futuro para restaurar a produtividade ambiental, melhorar a subsistência dos agricultores e capacitar as comunidades locais.



A gigante mundial de lanches, *Mondelēz International e *Olam, um fornecedor líder de grãos de cacau e ingredientes de cacau, se uniram para criar uma fazenda comercial sustentável de cacau de 2.000 hectares na Indonésia.

O maior projeto de fazenda comercial de cacau do mundo tem como objetivo fortalecer o fornecimento sustentável de cacau na Indonésia.

Modelo do futuro

A gigante do chocolate e o maior fornecedor de cacau veem seu projeto como um modelo do futuro para restaurar a produtividade ambiental, melhorar a subsistência dos agricultores e capacitar as comunidades locais.

O modelo se baseia na experiência da Mondelēz International com o programa de abastecimento sustentável da empresa, Cocoa Life, e na ambição da Olam por cacau sustentável, Cocoa Compass, para testar uma abordagem escalonável para o futuro da agricultura comercial de cacau.
Totalmente mecanizado

“De sensores em campos a sistemas de irrigação , o projeto usará tecnologia avançada climática inteligente e ciência de plantas - raramente usada para cultivar cacau nessa escala - como inovações incluídas nesta fazenda de cacau de 2.000 hectares em Seram, a maior ilha da província de Maluku em Indonésia. O modelo testa um projeto modernizado e profissional para as melhores práticas de cultivo de cacau, uso otimizado da terra e planejamento da comunidade agrícola que será explorado como um modelo potencial para replicação em toda a região ”, explicou um comunicado da Mondelez International.

A mudança é considerada uma resposta à crescente demanda por cacau em toda a Ásia, anunciada para se tornar em breve a segunda maior região consumidora de ingredientes de cacau no mundo.

A Indonésia é um importante país produtor de cacau na região, mas os agricultores têm lutado com o aumento das temperaturas, baixos rendimentos e doenças agrícolas.

“Combinando seus respectivos conhecimentos em pesquisa e desenvolvimento de cultivo de cacau, gestão de fazenda de cacau sustentável e boas práticas agrícolas, a Mondelēz International e a OFI resolverão esses problemas melhorando a subsistência dos produtores de cacau parceiros, capacitando comunidades e restaurando a produtividade ambiental de uma paisagem desmatada ”, observou a declaração. O projeto é criar 700 empregos para residentes locais em uma área com quase metade dos empregos indo para mulheres.

Cerca de 2.000 hectares de terras abandonadas anteriormente desmatadas serão plantadas com cacau, árvores de sombra, floresta e árvores frutíferas para promover a biodiversidade e a captura de carbono.

Mais de 1.080 hectares já foram plantados em uma área total de plantio de 3.380 hectares, enquanto uma área de 47 hectares identificada como floresta de Alto Valor de Conservação e está sendo totalmente protegida como habitat vital para a flora e a fauna.

O projeto da fazenda comercial de cacau da Mondelez e Olam também vem com um viveiro de mudas que tem a capacidade de cultivar até um milhão de mudas de cacau de alto rendimento a cada ano.

O que se diz que se tornará a maior fazenda comercial de cacau do mundo ofereceria acesso a saúde e educação para todos os funcionários e suas famílias, bem como moradia, eletricidade, água e creche para as 200 famílias que moram no local.
Uma virada de jogo

“Como um dos principais fabricantes de chocolate do mundo, temos a missão de tornar o cacau correto e garantir um futuro sustentável para um ingrediente essencial ao nosso negócio. Com nove anos de impacto mensurável, demonstrando a melhoria dos meios de subsistência do agricultor e o impacto ambiental reduzido do cultivo do cacau por meio de nosso programa de abastecimento sustentável exclusivo, Cocoa Life, estamos entusiasmados em alavancar nosso know-how em uma abordagem colaborativa para o abastecimento sustentável de matéria-prima com solução. Criando oportunidades para inovar, em parceria com nossos fornecedores, e explorando a capacidade de escalar alto rendimento, floresta positiva, abordagens de geração de renda para a produção comercial de cacau na maior fazenda de seu tipo oferecem um potencial atraente e é um passo importante em nossa jornada para liderar o futuro de um suprimento de cacau sustentável e resiliente. Esta iniciativa acompanha o programa Cocoa Life existente da Mondelēz International na Indonésia e nosso centro técnico de ciência da cultura do cacau em Pasuruan, estabelecido para apoiar práticas sustentáveis ​​de cultivo de cacau e impulsionar mudanças positivas para agricultores e comunidades na região ”, Quentin Roach, SVP Supply Chain & Chief O oficial de aquisições da Mondelēz International comentou.

“Isso poderia ser verdadeiramente revolucionário para o futuro do cacau na Indonésia e além. Gostaríamos de agradecer aos governos regionais e nacionais da Indonésia por seu apoio. Desde que lançamos nosso primeiro programa de sustentabilidade no país, há mais de 16 anos, temos o compromisso de apoiar os produtores de cacau da Indonésia e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente. Reafirmamos esse compromisso por meio da aquisição em 2019 da maior processadora de cacau do país, a BT Cocoa, para conectar toda a cadeia de fornecimento, desde os grãos do cacau até os ingredientes do cacau. Agora estamos combinando nossa experiência e conhecimento com a Mondelēz International, um administrador de algumas das marcas de lanches e chocolates mais icônicas do mundo. Tendo acabado de anunciar o cumprimento de nossas metas de sustentabilidade para 2020,

Por Kojo Hayford Em 21 de abril de 2021


sexta-feira, 23 de abril de 2021

O TRABALHO ESCRAVO NO CACAU DA BAHIA

Trabalho de pesquisa e investigação realizada pela instituição  ( REPÓRTER BRASIL ORGANIZAÇÃO DE COMUNICAÇÃO E PROJETOS SOCIAIS ).

Trata-se das violações aos direitos dos trabalhadores da indústria do cacau é o tema do sexto número do Monitor, boletim que divulga os estudos setoriais e de cadeia produtiva da Repórter Brasil, sobre a eventual aquisição de insumos oriundos, ainda que indiretamente, do grupo Chaves, da Fazenda Boa União ou da Fazenda Sete Léguas. Empresas acusadas de violação dos trabalhos.

Aqui apresentaremos parte desse trabalho investigativo, no Brasil, mediante o posicionamento das principais empresas que compram e exploram o cacau direta e indiretamente no mundo.


A maior fabrica de chocolate do mundo fica em Curitiba(PR) e pertence a Mondelez

Observação do Blog: Por que não construir nos estados que cultivam o cacau? Bahia, Pará, Espirito Santo. O cacau absorve as melhores faixas de solo desses estados e na hora de compensar ,investem em outras regiões, beneficiando diretamente a uma mão de obra sem nenhuma relação de origem com a matéria prima!.

A Mondelez

A EMPRESA A Mondelez é uma multinacional norte-americana presente em mais de 150 países. Sua operação no Brasil é a quarta maior em nível global. Possui no país dois parques industriais produtores de chocolates, um em Curitiba (PR) e outro em Vitória de Santo Antão (PE). A linha nacional de chocolates da Mondelēz inclui marcas como Bis, Diamante Negro, Ouro Branco, Sonho de Valsa e Toblerone.

POSICIONAMENTO

A empresa não respondeu às perguntas encaminhadas pela Repórter Brasil sobre a eventual aquisição de insumos oriundos, ainda que indiretamente, do grupo Chaves, da Fazenda Boa União ou da Fazenda Sete Léguas. Também não respondeu sobre o percentual dos subprodutos de cacau adquiridos a respeito do qual a multinacional conhece a fazenda de origem. Encaminhou, no entanto, uma nota afirmando que “a Mondelēz  Internacional vem atuando, em conjunto com parceiros, governo e demais empresas do setor, na sustentabilidade da cadeia de diferentes insumos e, em especial, a do cacau”. Segundo a empresa, os contratos com fornecedores determinam a proibição da aquisição de cacau oriundo de fazendas que usem trabalho escravo ou infantil. “A rastreabilidade das amêndoas está dentro do escopo para garantir o cumprimento dos respectivos códigos de conduta, passíveis de rompimento de contrato em caso de violação. Com o nosso programa global de sustentabilidade do cacau, o Cocoa Life, atuamos com o objetivo de ampliar a rede de produtores no Brasil para garantir um monitoramento mais assertivo de toda a cadeia”, afirma a multinacional.

 Olam

A EMPRESA Criada em 1989 e sediada em Singapura, a Olam é uma das maiores tradings globais de produtos agrícolas. Tem atuação destacada no comércio de cacau, café, algodão, nozes e especiarias. No Brasil, adquire cacau no Pará e na Bahia.

Desde 2015, controla uma importante indústria processadora da amêndoa em Ilhéus (BA).

POSICIONAMENTO

A Repórter Brasil encaminhou à Olam perguntas sobre as conexões da multinacional com o grupo Chaves. Também questionou a empresa sobre seu relacionamento com atravessadores ligados às fazendas  Boa União e Sete Voltas. Além disso, foram enviadas também indagações sobre a rastreabilidade do cacau – por exemplo, se a empresa conhece a origem da produção negociada através de intermediários. A empresa não respondeu diretamente aos questionamentos. Encaminhou, no entanto, o seguinte comunicado:

“Conforme detalhado na nossa estratégia Cacau Compass20, nós estamos comprometidos com a cadeia de suprimento do cacau na qual os produtores podem ter sua renda e na qual as crianças são protegidas”.

Nós temos robustas políticas e sistemas de monitoramento para salvaguardar os direitos humanos e trabalhar próximos de nossos fornecedores para assegurar sua adesão ao Código de Fornecedor da Olam. Se encontrarmos qualquer evidência que há uma violação em algum de nossos fornecedores, nós tomamos isso muito seriamente e investigamos completamente.

 Barry Callebaut

A EMPRESA A multinacional suíça Barry Callebaut é uma das líderes mundiais na fabricação de produtos de cacau e chocolate. Opera em mais de 140 países, e possui 62 plantas industriais. Possui duas plantas de moagem na Bahia, em Ilhéus e Itabuna. Também opera uma fábrica de chocolate em Extrema (MG), fabricante da “Sicao”, a marca regional do grupo. 

POSICIONAMENTO 

A Barry Callebaut informou à Repórter Brasil que não recebe cacau do grupo Chaves desde julho de 2019. Ou seja, o relacionamento comercial foi interrompido dois anos após o caso de trabalho escravo. A empresa afirmou que o término ocorreu após serem descobertas violações ao seu Código de Conduta para fornecedores. Sobre o seu relacionamento comercial com atravessadores, a empresa afirmou que, por motivos concorrenciais, não divulga publicamente quem são os seus fornecedores. Perguntamos também se a Barry Callebaut conhece a identidade de todas as fazendas que fornecem cacau através de intermediários. Em resposta, a empresa afirmou que está estabelecendo um sistema de rastreabilidade para identificar a fonte dos grãos comprados por essa via. Disse também que a expansão de compras feitas diretamente dos fazendeiros é um dos planos para o Brasil. Além disso, a empresa descreveu outras ações adotadas para evitar violações de direitos humanos e trabalhistas na cadeia produtiva. Por exemplo, todos os fornecedores precisam assinar um Código de Conduta prevendo boas práticas. A Barry Callebaut também informou restringir negócios com empregadores inseridos na “lista suja” do trabalho escravo.

Cargill

A EMPRESA Um dos maiores conglomerados do agronegócio global, a Cargill atua no comércio e no processamento de diversas commodities. É um dos líderes mundiais nos segmentos de cacau e chocolate. Controla uma planta de moagem em Ilhéus (BA) desde a década de 1980. Adquire amêndoas nos polos produtores do Pará e da Bahia, além de também importar parte da matéria-prima processada no Brasil. 

POSICIONAMENTO

 Procurada, a Cargill informou que as fazendas Boa União e Sete Voltas não figuram entre os seus fornecedores diretos, e que “não tem conhecimento da forma como que essas fazendas comercializam as suas respectivas produções.” A empresa não respondeu se conhece a origem do cacau adquirido através de intermediários. Nos últimos dois anos, no entanto, afirma ter aberto quatro novos armazéns com o objetivo de ampliar as compras feitas sem atravessadores. “Hoje, a Cargill compra mais de 20% diretamente de produtores e nosso objetivo é fechar este ano fiscal (maio/21) com 30% de compras diretas”, diz a empresa. A multinacional também afirmou estar comprometida em alcançar, até 2025, zero incidência de trabalho infantil na cadeia de suprimento de cacau. Disse ainda que, quando são identificados fornecedores na “lista suja” do trabalho escravo, ou, ainda, responsabilizados em ações do MPT, a empresa adota medidas para suspendê-los imediatamente. “Exigimos que nossos fornecedores e parceiros se juntem a nós na priorização da segurança, bem-estar e dignidade dos indivíduos”, afirma a Cargill.

Nestlé

Trata-se de uma das maiores companhias mundiais de alimentos e bebidas. Está presente em 191 países, onde vende os seus produtos por meio de mais de duas mil marcas. O portfólio de chocolates na Nestlé do Brasil inclui líderes de mercado como Alpino, Batom, Prestígio e Kit Kat. A empresa também é dona dos chocolates Garoto, marca de origem brasileira que fundiu suas operações com a Nestlé.

POSICIONAMENTO 

A Nestlé afirma possuir um rígido processo de rastreabilidade para excluir fornecedores fora de conformidade. Segundo a multinacional, isso foi efetivamente feito no caso do grupo Chaves. “Não recebemos mais derivados de cacau feitos com amêndoas das propriedades do referido grupo”, diz a empresa. Todas as propriedades autuadas por trabalho em condição análoga à de escravo, diz a Nestlé, são excluídas do programa global Nestlé Cocoa Plan (NCP). Trata-se de uma iniciativa voltada ao fomento da produção responsável. Ela atende fazendeiros, cooperativas e parceiros agrícolas. “As propriedades que se candidatam a entrar passam por consulta prévia a bancos de dados oficiais, que incluem a certidão de débitos trabalhistas”, afirma a multinacional. A empresa ressalta ainda realizar inspeções na cadeia produtiva por meios de uma equipe própria e de auditorias independentes. Ressaltou, por fim, que não compra amêndoas de cacau de fazendeiros ou atravessadores, mas sim derivados – como licor, pó e manteiga – das indústrias de moagem. 

 CONDIÇÕES TRABALHISTAS

 Violações de direitos trabalhistas básicos ainda estão muito presentes nas lavouras de cacau brasileiras. Em casos mais graves, a escravidão contemporânea – principalmente por conta das condições degradantes de alojamento e higiene – e o trabalho infantil também podem ser encontrados no setor. É verdade que os flagrantes de trabalho infantil ou escravo são menos frequentes na comparação com outros segmentos da agropecuária, como a criação de gado e o cultivo de café. No entanto, trata-se de uma cultura também menos fiscalizada. O aumento das inspeções, defendida por órgãos como a OIT e o MPT, pode mudar a percepção sobre o tamanho do problema. Nesse cenário de invisibilidade, a maciça disseminação dos contratos de parceria ajuda a mascarar más condições impostas à mão de obra. Em muitos casos, fica evidente uso fraudulento da modalidade. Contratos de parceria são utilizados para encobrir o que, no cotidiano das fazendas, são típicas relações entre patrões e empregados. Diversos exemplos mostram “parceiros” sem a autonomia e as demais salvaguardas que a lei garante a esse tipo de relação contratual. Ao mesmo tempo, ao serem arregimentados nessa condição, eles podem ter rendas inferiores ao salário mínimo e ficar alijados das regras de proteção ao trabalho ofertadas pela carteira assinada.

RASTREABILIDADE

No Brasil, as piores formas de exploração do trabalho em meio rural estão associadas a cadeias produtivas longas. Redes de escoamento onde a matéria-prima passa por diversos donos e processos industriais entre as fazendas e o consumidor final. O cacau não é exceção. Entre as fazendas e as indústrias de moagem, há uma figura chave na cadeia de suprimento cacaueira: o atravessador. É através dele que a maior parte das amêndoas colhidas no país chega às três multinacionais que controlam o esmagamento. Trata-se de um mercado muito pulverizado e regionalizado. Ele inclui até mesmo pequenos compradores que vendem o produto a comerciantes maiores antes de o cacau chegar à indústria. Parte desse comércio ocorre inclusive na informalidade, sem qualquer tipo de registro oficial das transações. Nesse cenário, é seguro dizer que grande parte da produção de cacau chega hoje às indústrias sem informação de origem – e, portanto, sem qualquer tipo de monitoramento eficiente sobre as condições trabalhistas empregadas no campo.

POLÍTICAS CORPORATIVAS

Os casos apurados pela Repórter Brasil evidenciam que as três grandes indústrias processadoras de cacau – Barry Callebaut, Cargill e Olam – estão expostas a violações de direitos trabalhistas, e até mesmo a casos de trabalho escravo, em suas cadeias de negócios. Especialmente, é claro, nas redes de fornecimento que envolvem atravessadores. Entre outras medidas de prevenção e monitoramento, Barry Callebaut e Cargill informaram consultar a “lista suja” do trabalho escravo para restringir negócios com empregadores flagrados incorrendo no crime. Uma prática em grande medida ineficaz quando há falta de informação sobre os fornecedores indiretos – ou seja, aqueles que abastecem a empresa por meio de intermediários. Nenhuma das empresas apresentou evidências efetivas sobre a rastreabilidade do cacau oriundo de atravessadores. E somente a Cargill revelou dados sobre o percentual adquirido diretamente de fazendas – entre 20% e 30%, segundo a empresa. Consequentemente, para além das moageiras, a falta de rastreabilidade também expõe os demais elos da cadeia produtiva às diversas violações flagradas no setor. Entre eles as indústrias de chocolate, o varejo de alimentos e o próprio consumidor final.

 CERTIFICAÇÃO

Um dos casos de trabalho escravo descritos nesse relatório – grupo Chaves – ocorreu justamente numa fazenda que, de acordo com a apuração da Repórter Brasil, obteve o selo de boas práticas da UTZ, a maior certificadora de cacau do mundo. Não foi a primeira vez que fazendeiros ligados à entidade foram responsabilizados pelo emprego de mão de obra escrava no país. Em anos recentes, casos semelhantes já ocorreram em lavouras de café no sul de Minas Gerais. No caso do grupo Chaves, a concessão do selo ocorreu meses após o flagrante de escravidão. E, quando procurada, a UTZ afirmou que certificado do grupo não estava mais ativo. No entanto, a entidade nada respondeu sobre a data do descredenciamento, os motivos envolvidos ou a eventual identificação de irregularidades trabalhistas nas auditorias internas do selo. Persiste, além disso, uma falta de transparência mais abrangente em relação à identidade das fazendas certificadas pela UTZ – problema já tratado pela Repórter Brasil em outros relatórios. A empresa não disponibiliza publicamente a lista de todas as propriedades rurais abrangidas pelo selo.


Fonte: REPÓRTER BRASIL ORGANIZAÇÃO DE COMUNICAÇÃO E PROJETOS SOCIAIS e os demais grifos e acréscimos de responsabilidade do blog

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Cocoa Life

O que é a cocoa Life e sua atuação...



*Cocoa Life é o programa global de sustentabilidade do cacau da Mondelēz  International. O cacau é a essência do nosso chocolate e é vital para o nosso negócio, por isso garantimos que seja feito da maneira certa.

*Acertar significa enfrentar os desafios complexos que os produtores de cacau enfrentam, incluindo mudanças climáticas, desigualdade de gênero, pobreza e trabalho infantil.

*A Cocoa Life está enfrentando esses desafios no local, trabalhando lado a lado com os homens e mulheres que vivem do cacau, focando onde podemos fazer a diferença: transformar o cacau em um negócio de escolha, criando comunidades inclusivas e empoderadas e educar sobre conservação e restauração florestal.

*Ao fazer isso, estamos criando oportunidades para os produtores de cacau e suas famílias, enfrentando todos esses problemas juntos.

*Em 2025, todas as marcas de chocolate da Mondelēz International fornecerão seu cacau por meio da Cocoa Life.

"A Cocoa Life está em uma jornada de longo prazo para criar uma cadeia de fornecimento de cacau forte e vibrante, ao mesmo tempo em que cria oportunidades que transformam as vidas e os meios de subsistência dos agricultores e suas comunidades. Acreditamos que comunidades de cacau fortalecidas e prósperas são a base essencial para o cacau sustentável. " Cathy Pieters, diretora de programa, Cocoa Life”.

Nossa Missão

Temos uma visão de tornar o cacau certo.
É por isso que nossa missão é liderar a transformação do setor do cacau, conduzindo soluções holísticas que abordam as causas raízes e criam mudanças sistêmicas e duradouras. Fazemos isso implementando nosso próprio programa holístico em parceria com outras pessoas, compartilhando o que aprendemos na jornada e defendendo mudanças nas políticas.
Estamos criando um movimento para mudanças duradouras, enraizado em um entendimento profundo, colaboração e parceria em todo o setor.


Nossos Princípios

Para cumprir nossa missão, temos quatro princípios que orientam todas as nossas ações:
Aumente a transparência, conectando os consumidores à nossa jornada / agricultores.
Promova a “autos sustentabilidade” através da capacitação nas origens
Respeite os direitos humanos, concentre-se nos direitos da criança e no empoderamento das mulheres.
Buscar parcerias e diálogo sobre políticas para maior impacto.

Nossas áreas de atuação

Através das nossas três áreas de intervenção, vamos crescer oportunidades juntos.
Empresas de cultivo de cacau sustentáveis
Trabalhando em conjunto com os produtores de cacau para fazer da agricultura de cacau um negócio de sua preferência. Ajudamos os agricultores a se tornarem mais produtivos, para que possam aumentar sua renda com o cacau.
Capacitação das comunidades do cacau Capacitação dos homens, mulheres e jovens das comunidades do cacau para liderar seu próprio desenvolvimento e melhorar seus meios de subsistência por meio do empreendedorismo.
Florestas preservadas e restauradas
Proteger e restaurar as terras e florestas onde o cacau é cultivado, junto com os agricultores e comunidades.


CONSTRUINDO UM FUTURO PROMISSOR PARA AS COMUNIDADES DE AGRICULTURA DE CACAU

Por meio do Cocoa Life, estamos transformando nossa cadeia de suprimentos de cacau.
Lançado em 2012, o Cocoa Life está investindo $ 400 milhões de dólares até 2022 para capacitar pelo menos 200.000 produtores de cacau e alcançar um milhão de membros da comunidade. Este esforço se baseia na Parceria Cadbury Cocoa, que foi fundada em Gana em 2008. É tudo parte do nosso compromisso de garantir um futuro sustentável para o chocolate.

A Cocoa Life ajuda as comunidades a prosperar em seis origens principais de cultivo de cacau - Gana, Costa do Marfim, Indonésia, Índia, República Dominicana e Brasil. Estamos ajudando-os a adquirir conhecimento e habilidades para melhorar seus meios de subsistência, fortalecer suas comunidades e inspirar a próxima geração de produtores de cacau.

FAZENDO UM IMPACTO

A Cocoa Life se dedica a causar um impacto em toda a cadeia de abastecimento do cacau - não apenas nas comunidades agrícolas, mas também no chocolate que você aprecia.
Além de publicar nosso progresso todos os anos, envolvemos a FLOCERT e a Ipsos para verificar se a Cocoa Life está cumprindo o que planejamos. Isso nos permite aprender o que funciona e o que podemos melhorar.

COCOA LIFE 2018 RELATÓRIO ANUAL - Medindo nosso impacto

No Relatório Anual Cocoa Life 2018, compartilhamos nossas quatro principais observações globais, aprendizados e oportunidades que estamos aproveitando para aumentar o impacto de nossas intervenções. Convidamos você a explorar esses resultados conosco e identificar os aprendizados que são relevantes para o setor do cacau e muito mais. É muito importante para nós da Cocoa Life: somente avaliando nosso impacto podemos avaliar continuamente nosso trabalho e corrigir o curso quando necessário e, ao fazer isso, aumentar os meios de subsistência de nossos agricultores, garantir a sustentabilidade de nosso cacau e cultivar oportunidades. Principais destaques:

A produtividade do cacau está melhorando continuamente
Os rendimentos das fazendas da Cocoa Life estão normalmente acima da média nacional (+ 15% em Gana vs. fazendas que não são da Cocoa Life).
A mudança varia de acordo com a temporada e o agricultor, portanto, nosso foco está em uma abordagem direcionada. Os pilotos já viram alguns fazendeiros dobrar o retorno sobre o investimento de suas terras.
Comunidades mais resilientes podem conduzir seu próprio desenvolvimento 92% das comunidades Cocoa Life possuem Planos de Ação Comunitária em vigor , muitos dos quais são apoiados por fundos públicos (65% na Indonésia).

Grupos de poupança e empréstimos estão aumentando o amortecedor de poupança dos membros da comunidade (+ 24% em Gana).
Novas oportunidades de geração de renda aumentam a renda, mas não rápido o suficiente para tirar todos os agricultores da pobreza.
A renda geral das famílias da Cocoa Life aumentou , impulsionada tanto pela renda do cacau (+ 6% em Gana) quanto por outras receitas não relacionadas ao cacau (+ 120% na Indonésia) .
O sucesso depende do contexto econômico e político local. Organizamos workshops com foco no crescimento de novas oportunidades de renda e estamos incentivando os governos a se concentrarem mais no desenvolvimento rural.
Fazendas de cacau evitam áreas protegidas e florestas prioritárias
Cerca de 63% (93.000) de nossas fazendas na Costa do Marfim, Gana e Indonésia , abrangendo mais de 166.577 ha, já foram mapeadas e sabemos que não estão em áreas protegidas prioritárias.

ATUALIZAÇÃO : 
mapeamos 100% das fazendas registradas na Cocoa Life em Gana, Costa do Marfim e Indonésia quando definimos nossas metas em 2018. Também estamos bem encaminhados para mapear fazendas recém-registradas em 2019 e 2020.

Até o final de 2019, 149.761 fazendas registradas da Cocoa Life em Gana, Costa do Marfim, Indonésia e República Dominicana, abrangendo mais de 243.792 ha, foram mapeadas.
Nosso objetivo é mapear 100% dessas fazendas até o final de 2019 e estamos lançando esquemas inovadores para incentivar as comunidades a proteger as florestas.

CULTIVO DE CACAU

Cultivar cacau não é uma tarefa simples, por isso estamos trabalhando com produtores de cacau para ajudar a melhorar suas fazendas. 90% dos grãos de cacau do mundo são colhidos em pequenas fazendas familiares com menos de dois hectares de terra e um rendimento médio de apenas 600-800 kg por ano. E a maior parte desse cacau vem da África Ocidental.
A baixa produtividade, os baixos rendimentos dos agricultores e o desenvolvimento limitado das comunidades agrícolas criaram um ciclo que deve ser interrompido para que a agricultura do cacau seja sustentável.
O cacau também é uma planta delicada e sensível. Requer altas chuvas e temperaturas para crescer, assim como árvores da floresta para oferecer sombra e proteção contra muita luz e danos causados ​​pelo vento. Como as fazendas de cacau são sensíveis a esse tipo de clima, elas só podem florescer em uma faixa estreita de países entre 20 graus ao norte e ao sul do equador.
Como um dos maiores fabricantes de chocolate do mundo, temos interesse em proteger essas origens. Fazemos isso por meio da Cocoa Life, que atua em todas as principais origens do cacau, da África à Ásia e às Américas. Temos o compromisso de fazer a diferença nessas comunidades.


UMA OLHADA NO PROCESSO DE CULTIVO DO CACAU

Crescente

Os agricultores devem proteger as árvores do vento e do sol, fertilizar o solo e ficar atentos a sinais de doenças ou problemas. Com os devidos cuidados, a maioria dos cacaueiros produz frutos no quarto ou quinto ano e pode continuar por mais 30 anos.

Um fruto típico contém de 30 a 40 grãos e há cerca de 30 frutos por árvore; aproximadamente 400 grãos secos são necessários para fazer um quilo de cacau.

Colheita

A maioria dos países tem dois períodos de pico de produção por ano: uma colheita principal e uma colheita menor (temporã).

Os fazendeiros de cacau usam ferramentas de aço de cabo longo para alcançar os frutos e cortá-los sem ferir a casca macia da árvore. Os agricultores recolhem os frutos em cestos.

Fermentação e secagem

O processamento pós-colheita tem o maior impacto na qualidade do cacau e, consequentemente, no sabor do cacau.

O agricultor retira os grãos dos frutos, embala-os em caixas ou empilha-os em pilhas e depois os cobre com esteiras ou folhas de bananeira por três a sete dias. A camada de polpa que envolve naturalmente os grãos aquece e fermenta os grãos, o que realça o sabor do cacau. Os grãos são então secos ao sol por vários dias.

Venda, transporte e envio

Os grãos secos são embalados em sacos, e o agricultor vende seu produto em um posto de compra.

O comprador transporta os sacos para uma empresa exportadora, onde os sacos são inspecionados, colocados em sacos de estopa, sisal ou plástico e transportados para o armazém do exportador, onde os grãos são armazenados até serem enviados ao fabricante.

Nosso objetivo é que todas as marcas de chocolate da Mondelēz International adquiram seu cacau do Cocoa Life até 2025. A escolha do logotipo Cocoa Life significa que todos podem amar nosso chocolate tanto quanto nós, porque ele é feito da maneira certa, protegendo o planeta e respeitando o ser humano direitos das pessoas em nossa cadeia de valor.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Princípios do Direito Agrário


Por Heloísa Natalino Valverde Castilho*


RESUMO:
Trata-se de um trabalho de pesquisa sobre o Direito Agrário , dissertando os principais temas desse ramo do estudo, suas características, legislação e principalmente os princípios que regem o Direito Agrário, e como são aplicados na doutrina e nas demandas judiciais agrárias.



1. DIREITO AGRÁRIO CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E FONTES

O Direito Agrário é um ramo do Direito que se caracteriza por ser público e privado, há divergência na doutrina acerca da classificação nesse sentido. Trata-se de uma ciência voltada a dirimir conflitos de terra, com legislação e princípios.

Santiago disserta sobre o conceito do Direito Agrário e também comenta sobre a classificação deste:

É denominado Direito Agrário o conjunto de normas e princípios jurídicos que organiza as relações da atividade rural, buscando o progresso social e econômico do trabalhador do campo e o enriquecimento da coletividade a partir da promoção da função social da terra. A grosso modo, podemos dizer que o direito agrário é um ramo do direito que regula a relação do individuo com a terra. Apesar de sua evidente importância, o direito agrário ainda não tem um código próprio, o que faz com que sua autonomia ainda não esteja consolidada dentro do sistema jurídico. Mesmo assim, o direito agrário está relacionado constantemente com outros ramos, como o direito civil, penal, tributário, internacional e outros. A maioria da doutrina considera o direito agrário como um híbrido, ou seja, seu conteúdo abrange questões pertinentes tanto ao direito publico quanto ao privado, sendo que a definição se dá de acordo com o caso concreto.(SANTIAGO, 2016)

Em suma, Direito Agrário se conceitua por ser o conjunto das normas, dos regulamentos, das leis e dos alinhamentos que regem a propriedade e a organização territorial e as posses agrícolas.

As principais características do Direito Agrário são:
Imperatividade: que se refere a forte intervenção do Estado nas relações agrárias, sendo obrigatória a aplicação da lei, tal imperatividade tem como motivo a proteção do trabalhador do campo, dessa forma regras próprias.
A segunda característica marcante do direito agrário está ligada a função social de suas regras que se resume em equalizar de forma mais social o direito sobre as propriedades rurais no Brasil combatendo terras improdutivas e os latifúndios.

Santiago cita as características explicitando-as:


Como características principais, ou seja, as tendências para as quais a doutrina da matéria aponta, primeiro, a imperatividade, ideia na qual o Estado exerce forte intervenção nas relações agrárias, tornando obrigatória a aplicação da lei. A imperatividade é uma ferramenta que busca principalmente proteger o elo mais vulnerável do direito agrário, o camponês ou trabalhador rural. A segunda característica marcante deste ramo do direito é a promoção da função social da terra, que se traduz na utilização racional do solo, fazendo com que este beneficie o maior número possível de cidadãos, tanto no campo como na cidade, nunca esquecendo de reforçar as práticas de preservação ambiental dos recursos naturais.(SANTIAGO, 2016)



É salutar citar as fontes do direito Agrário, que são: a Constituição Federal, o Estatuto da terra, a Doutrina, a jurisprudência e também o direito consuetudinário (costumes).




1.1 DIREITO AGRÁRIO –LEGISLAÇÃO

Antigamente não havia uma legislação específica que regia as terras, produções agrícolas e até seus impactos no meio ambiente, havia uma cobrança de uma legislação própria para isso. Antes eram regidos pelo Direito Civil, no que tangia à propriedade.

Em 1850 nasceu a Lei n. 
601 (Lei de Terras), servindo para cobrir vazio legislativo consentido após a revogação do regime colonial de sesmarias, em 1822. Porém, ainda não era uma lei que atendia os campestres pobres, e sim, favorecia a concentração das terras.

Apenas no ano de 1964, durante o período Militar, com a promulgação da Lei n.
 4.504, o Estatuto da Terra , que o Direito Agrário concretizou sua autonomia legislativa.

O Direito Agrário atualmente é regido por princípios, costumes, pela Constituição Federal e, principalmente pelo Estatuto da Terra, o processo próprio do Direito Agrário é sistematizado em sua doutrina, explicitando um código de estudos próprio, gerando uma autonomia didática.


2. PRINCÍPIOS DO DIREITO AGRÁRIO NO NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO

O Direito Agrário é regido por princípios próprios, tais quais SANTIAGO (2016) cita em seu artigo:
Monopólio legislativo da União – a União é a única competente para legislar em matéria de direito agrário;
Utilização da terra se sobrepõe à titulação dominical – a terra é um bem que deve servir à coletividade, em detrimento de um ou um número restrito de indivíduos;
Propriedade condicionada à função – a propriedade rural deve ser plenamente utilizada, e não se tornar um objeto de especulação financeira;
Dicotomia do direito agrário: política de reforma agrária e política de desenvolvimento rural – a terra deve estar disponível a todos, e estes devem nela produzir;
Interesse público sobre o individual – o interesse público prevalece sobre as pretensões do indivíduo.
Proteção à propriedade familiar e a pequena e média propriedade – a lei deve buscar a manutenção da propriedade que sirva ao sustento de um núcleo familiar, e as pequenas e médias propriedades – sempre produtivas, claro – devem ter o estímulo do poder público;
Fortalecimento da empresa rural – deve ser estimulada a unidade que se dedica a culturas agrícolas, criação de gado ou culturas florestais, com a finalidade de obtenção de renda.
Conservação e preservação dos recursos naturais e do meio ambiente etc. – a produção rural não deve desperdiçar ou por em risco os recursos naturais disponíveis;

Para GOMES (2013) os principais princípios que regem o Direito Agrário são diferentes, tais quais:
Função social da Propriedade: este princípio reza que a propriedade deve atender as necessidades da coletividade, ou seja, no sentido de ser produtiva gerando emprego, renda etc.

Justiça social: este princípio se molda no sentido de que as regras de direito agrário são voltadas para atender a necessidade de justiça social nas relações no campo, combatendo a desigualdade.

Prevalência do Interesse Coletivo Sobre o Particular: este principio tem por base a supremacia do interesse publico, no direito agrário faz jus ao sentido social do direito agrário, pois só desta forma é possível combater os interesses dos mais privilegiados sobre os que realmente trabalham no campo e dependem da terra para sua subsistência.

Reformulação da estrutura fundiária: este principio demonstra a força revolucionaria do direito agrário e sua intenção de mudança no direito brasileiro em prol do desenvolvimento da relação do homem com a terra.

Progresso econômico e social: o direito agrário tem por base o progresso econômico e social do país com medidas protetivas e eficazes na política agrária.

Autonomia: o direito agrário ainda não tem sua autonomia consolidada em forma de código em nosso pais no entanto é notório que é um ramo do direito autônomo, tal fato é provado mediante a analise das grades das faculdades que tem como matéria autônoma o Direito Agrário.


Já SILVA cita outros princípios como importantes no estudo sobre o tema:

Princípio da Adequação da Propriedade Imobiliária ao Progresso Social e ao Desenvolvimento Econômico. Este princípio ensina como deve ser explorado o imóvel rural, é usado para dirimir qualquer conflito agrário. A base para este princípio é que a terra não está ali para ostentar patrimônio, e sim gerar riqueza.
Princípio da Redistribuição das Propriedades Imobiliárias Inadequadas e Reestruturação das Titularidades Fundiárias no País. 

Este princípio possui caráter sancionatório. Se não há capacidade de se adequar as propriedades imobiliárias, a terra será desapropriada – característica socialista.



O art. 5° da Constituição em seu inciso XXII garante o direito à propriedade, mas logo abaixo no inciso XXIII coloca uma condição a essa garantia. A propriedade há de ser protegida, desde que atendida à sua função social. (SILVA, 2011)

Diante dos diversos princípios citados acerca do Direito Agrário, pode-se concluir que, por ser um ramo relativamente novo no Direito, há ainda muito estudo sobre o tema, e, proporcionalmente, cada autor cita e defende princípios diferentes, porém com a relevância da Supremacia do Público frente ao Privado, e da Distribuição igualitária das terras devolutas, sempre comentados e advertidos pelos autores.



3. A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RURAL PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Diante de todos os princípios citados acima, é relevante comentar sobre a Função Social da Propriedade Privada Rural, um princípio salutar no Direito Agrário.

Trata-se de um preceito citado na nossa Carta Magna, em seu Artigo 182 tratando da “razão social da propriedade”, sendo que, toda propriedade que esteja situada no Brasil deverá cumprir seu papel social, o “progresso econômico e social” da comunidade, não se limitando apenas ao interesse particular do proprietário.

Assim segundo esse princípio, só será reconhecida como uma propriedade se atender aos requisitos legais da propriedade em prol do interesse coletivo. E, todo o trabalho que se cumpra sobre a terra precisa ter intuito social também.



4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Direito Agrário. Disponível em: https://www.infoescola.com/direito/direito-agrario Acesso em: 30, outubro de 2017.

RESUMO DE DIREITO AGRÁRIO. Disponível em: https://professorpaulocesar.blogspot.com.br/2013/11/resumo-de-direito-agrario.html Acesso em: 30, outubro de 2017.

Direito Agrário - Conceito, o que é, Significado. Disponível em: https://conceitos.com/direito-agrario . Acesso em: 30, outubro de 2017.

Direito Agrário sem complicações. Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=2227 Acesso em: 30, outubro de 2017.

PRINCIPIOS DO DIREITO AGRARIO. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/5691383/principios-do-direito-agrario Acesso em: 30, outubro de 2017.

O Direito Agrário e o princípio democrático - Júlio da Silveira Moreira. Disponível em: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/106268/o-direito-agrario-e-o-principio-democratico-julio-da-silveira-moreira Acesso em: 30, outubro de 2017.

Direito Agrário. Disponível em: https://www.infoescola.com/direito/direito-agrario Acesso em: 30, outubro de 2017.

AGRÁRIO. Disponível em: https://conceito.de/direito-agrario Acesso em: 30, outubro de 2017.

O direito Agrário no Brasil e sua evolução histórica. Disponível em: https://andre23rlima.jusbrasil.com.br/artigos/259998434/o-direito-agrario-no-brasil-e-sua-evolucao-historica Acesso em: 30, outubro de 2017.

O DIREITO AGRÁRIO BRASILEIRO E A SUA RELAÇÃO COM O AGRONEGÓCIO. Disponível em: http://direitoagrario.com/artigo-o-direito-agrario-brasileiro-e-a-sua-relacao-com-o-agronegocio Acesso em: 30, outubro de 2017.

Direito agrário. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_agr%C3%A1rio Acesso em: 30, outubro de 2017.


 Heloísa Natalino Valverde Castilho

Advogada. Direito de Família, Criminal e Direito Tributário. Formada em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Textos publicados pela autora

Informações sobre o texto
Diante de todos os princípios citados acima, é relevante comentar sobre a Função Social da Propriedade Privada Rural, um princípio salutar no Direito Agrário.
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